terça-feira, 1 de setembro de 2009

Centro de Vacinação Internacional de Coimbra

Tanta coisa, que nem sei por onde começar... Comecemos então pelo início.

O Gato vai a S. Tomé e Príncipe, de férias, e como tal tem que tomar as devidas precauções. Ligar para a "Consulta do Viajante" de Lisboa foi a última sequela do filme do Tom Cruise, mas com novos protagonistas - "Missão Impossível 5"! Fiquem a saber que existe uma operadora telefónica só para dizer que não é possível efectuar chamadas para marcar consultas no mesmo. Confuso? Isso levou-me a Coimbra!

Depois de um atendimento rápido e eficaz no Hospital da Universidade de Coimbra, o Gato teve que se deslocar então ao Centro de Vacinação Internacional para levar as devidas vacinas.

O que me fez realmente escrever este artigo foi mesmo a existência de um placard á saída a dizer:

"Os Serviços Públicos querem atendê-lo melhor !"
(com o ponto de exclamação presente e tudo!)

Foi aí que deparei comigo a soltar uma gargalhada.
Não foi preciso pensar muito nem observar muito para deixar as seguintes sugestões:

Tudo bem que o edifício é velho, mas se o estado tem meios financeiros para modernizar estes serviços implementando plasmas e/ou LCD's a avisar qual a vez do utente, mal é não haver sequer um aparelho daqueles vermelhos que ainda há nos talhos que produzem exactamente o mesmo efeito.

Sem essa muleta e numa salinha de espera pequena, o pânico instala-se facilmente nas senhoras que estão a exercer a sua função de atendimento ao público.
Esse pânico origina um desespero tal, que a Sra. Laura Sequeira anunciou "38" (estimativa e sem exagero) vezes a cidade de Aveiro em 10 minutos.

"Agora tem que ser em Aveiro quem é de Aveiro" - em tom espampanante e arrogante.

Estavam na sala cerca de uma dúzia de pessoas!

No meio disto tudo, o que eu continuo sem entender é o facto de em vez das queixas terem sido erigidas pelos utentes, foram feitas pelas próprias funcionárias!
Queixas como "Isto assim não pode ser!", "Não conseguimos atender as pessoas!" (de má vontade, não!).
Mas depois houve tempo para a Sra. mais ocupada, a Sra. Laura Cequeira marcar uma consulta para a mãe no fisioterapeuta e de a confirmar com a mãe pelo telefone (paga o estado!); da Sra. Isabel Lacerda ter tido ainda mais tempo para ver o papel da entidade patronal para efeitos de I.R.S. e ainda de surfar numas ondas virtuais, vulgo Internet (paga o estado!); e da Sra. Maria do Céu que estava sentada numa secretária a ler uma revista qualquer de uma cor um pouco mais berrante que se levantava só para receber o dinheiro e passar os recibos.

Ocupadas????
Até estavam....


P.S.: Uma Sra. de muletas (deficiente motora) que também esteve à espera decidiu pedir uma declaração para justificar a sua falta ao trabalho. A resposta veio pronta e cheia de arrogância, mas daqui já só me pergunto por que teve esta utente de esperar?
E a rampa de acesso a deficientes que tinha uma inclinação tão acentuada que seriam necessárias duas pessoas para conseguir subir e descer (sem ser em queda livre) um ser humano masculino de estatura normal?
Não à discriminação do deficiente motor? Como?!

P.S.2: Enquanto esperei para me finalmente administrarem as tais vacinas, fui comprar um maço de Marlboro no último dia de fumo para mim a um cafézinho de esquina onde fui muito simpaticamente recebido.
E porque não lhe perguntei o nome nem fixei o nome do café? Porque são gestos como estes que devem passar despercebidos pela sua vulgaridade! E sei voltar a esse café...


O Gato
29/01/2009 (de manhã (claro!), algumas horas antes do gato ter fumado o último cigarro)
[S. Tomé e Príncipe é... simplesmente é...]

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